quarta-feira, setembro 26, 2007

Passarinhar

Passarinhe o que eu sou. Pode pousar no meu dedinho que eu te carinho mesmo sem te compreender. Sabe como é, você escreve o imenso do imenso da minha vida. Me confunde, me diverte, me fascina, me remete a viver uma viagem de graça sua, de rabiscos de danças no ar. É só você passarinhar por aqui que cria um horizonte pra todo lado que vejo. Destrói interrupções, faz liberdade, trezentos e sessenta graus. O mundo fica sem muros, meus pés ficam descalços, e essa terra toda vira uma ilha de milhas de nós cercados de auroras e pôr-do-sol.
Passarinha que não é minha passarinha minha vida, meu agora, me faz pensar demais, me faz viver muito mais que isso. E vai embora em breve, me rancou mil sorrisos e deixa versos voando soltos na minha cabeça:

Passarinha,
Não é preciso ir tão longe
O horizonte do horizonte é aqui,
O distante do distante é perto,
A liberdade da liberdade é viver,
O sonho do sonho é acordar
Na confusão da confusão que é você
Aparecer e passarinhar e passarinhar.

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