terça-feira, novembro 03, 2009

Força Minha.

Não haverá mais escrúpulo, minha vontade é feita de ferro. Vou ser casa que mesmo sem teto, tem alicerce maciço. Vai chover, eu sei, mas valerá a força minha. Imenso, batido. Não haverá dedicação, haverá a pureza do choque - poemas não feitos de pontuação. Eu nunca soube usar vírgula e quando enfim consegui, descobri que é preciso desaprender tudo, sempre. Por isso, serei intuição e esquecimento, força do coração e fé dos braços, um sinal de inércia, um buraco vago de rotinas. Não haverá escrúpulo, nem alva, nem crepúsculo. Estou partindo para desescrever os meus dias.

Um comentário:

André disse...

Cara, você não imagina o quanto isso me deixa feliz.
Puta merda, um cara que SABE escrever falando isso pra mim.
É nóis, doidera.
Abraço.
PS. Que sorte que escreveremos juntos, então.