segunda-feira, abril 02, 2007

Vestido Verde

Eu invento você em um vestido verde, não sei porque toda minha lembrança sua tem uma cor verde de esperança. Se não é você é o mar, se não é o mar são as montanhas lá atrás, uma pássarinha beija-flor, diferentes tons pra escrever você em mim. Você voou pra longe, foi um golpe pra minha verdade e pros meus sonhos, mas mesmo assim, você nunca vai estar tão longe de mim, o mundo nunca vai ser maior do que meu carinho por você. Sempre vai ter um pouco do seu sorriso no meu silêncio, um pouco daquele canto que ninguém via, de conversas infinitas de besteiras, de sentimentos... na minha memória. sempre... você pra mim já é pra sempre. Você pode até acreditar em destino e me dizer que era assim que devia acontecer. Mas lembra? Agente não podia estar tão errado, seu sorriso encaixava na minha graça, seu beijo encaixava no meu, agente se encaixava fácil assim. Fácil como manhãs de domingo. Seu beijo foi semente abandonada, que a natureza tomou conta, tempos e meses e hoje eu sou fruto dessa inconsequência. Uma linda inconsequência. São milhares de quilometros lá fora, são milhas de saudade aqui dentro. Mas você nunca vai estar tão longe de mim. E eu vou te lembrar quando você menos querer, quando as estrelas te encomodarem, a madrugada não te deixar dormir serei eu invadindo a sua cabeça. Em todo seu esquecimento vai ter um vazio de mim, em todo seu recordar vai ter a falta que eu faço. Dia-a-dia, minhas semanas, conto os anos em segredo, dedicando textos pra você sem querer. Quando eu acho que estou pensando em outra coisa, é você a menina das minhas letras. É você, vestida de verde... que era de esperança. Agora é tão saudade...

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