quarta-feira, setembro 26, 2007

Passarinhar

Passarinhe o que eu sou. Pode pousar no meu dedinho que eu te carinho mesmo sem te compreender. Sabe como é, você escreve o imenso do imenso da minha vida. Me confunde, me diverte, me fascina, me remete a viver uma viagem de graça sua, de rabiscos de danças no ar. É só você passarinhar por aqui que cria um horizonte pra todo lado que vejo. Destrói interrupções, faz liberdade, trezentos e sessenta graus. O mundo fica sem muros, meus pés ficam descalços, e essa terra toda vira uma ilha de milhas de nós cercados de auroras e pôr-do-sol.
Passarinha que não é minha passarinha minha vida, meu agora, me faz pensar demais, me faz viver muito mais que isso. E vai embora em breve, me rancou mil sorrisos e deixa versos voando soltos na minha cabeça:

Passarinha,
Não é preciso ir tão longe
O horizonte do horizonte é aqui,
O distante do distante é perto,
A liberdade da liberdade é viver,
O sonho do sonho é acordar
Na confusão da confusão que é você
Aparecer e passarinhar e passarinhar.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Jardineirando.

Eu quis te ter
E cavar um buraco no seu peito.
Mexer nessa terra dura que é você.

Te abrir
Pra poder deixar pousar um dia
Uma semente só
Uma dia que não hoje...
E que hoje talvez.

Tirar essa pedra
Que alguém enterrou ai
Evitar que um dia, se estiver sozinha
Você se apedreje por não saber
Que nesse buraco cabe um tanto de cor
No lugar de um tanto de dor.

Pra poder deixar crescer
Uma muda que seja
Um sonho apenas
De flor margarida,
de sabor maracujá.

Como jardineiro
Que embeleza jardim que não é seu
E vai se embora com nada
Eu te quis assim...

Eu quis cavar um buraco no seu peito
Pra te fazer um bem
Que você levasse consigo,
Pra que talvez
Você não seja minha...

Mas feliz com certeza.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Recado pra um Anônimo 2

Se eu te transcrevo talvez seja hora de eu te conhecer, porque ai talvez você me conheça e me explique porque será que ninguém me transcreve ultimamente.