quinta-feira, abril 26, 2007
A Sorte de um Adeus
Adeus.
segunda-feira, abril 23, 2007
A Arma da Vida.
Se pros outros é difícil assim lidar com tanta diferença, isso agente tira de letra, e com essa letra monta poema, faz prosa, mistura mesmo, pinta um filme de cinema. Mais difícil é notar as pessoas consumidas pela indiferença do prazer da vida. Vinda e ida com tão pouco gosto.
Se Deus me deu a ironia, foi pra que eu pudesse colorir todo meu cinismo.
Se Deus me deu a poesia foi pra eu romantizar toda minha ironia.
Se Deus me deu a força foi pra que eu a escrevesse na poesia.
Se Deus me deu a os olhos foi porque eu devia ter força.
Se Deus escreveu o mundo, porque não daria olhos.
Se deus deu sede porque não beber o mundo?
Se Deus quisesse que eu bebesse sozinho porque me daria a sede?
Se Deus fosse o que seria da minha ironia se eu ficasse sozinho?
Afina, se Deus me deu a ironia foi pra que eu pudesse colorir... com elegância.
Dedicado a todos os poetas da cidade, e alguns amigos em particular.
sábado, abril 21, 2007
Você e Meu Juízo
O Poder do Silêncio
Abaixa o som, abaixa até você se ouvir. Ta se ouvindo? O que você se diria? Um dia quando você era pequeno te levaram o silêncio, e a partir daí não era mais suas as melhores palavras que você poderia dizer. Um ruído existe todo dia, e você nem nota... estão todos surdos de si, mas ninguém está em silêncio, o mundo nunca fica quieto. O poder do silêncio é poder de clareza. Atento aos seus pensamentos, seus sentires, seu conhecer de verdade.
Quem riscou a linha do horizonte? Não sei. Mas quem o fez e pôs longe o bastante pra que não pudesse ser ouvido esse alguém sabia o que estava fazendo. Porque agente sempre busca a plenitude de um horizonte presente, uma alcançar impossível, um desacordo entre o sonho e a luta. E não importa quantos passos...
Consegue se ouvir? Tua voz mais bela... Se ela só vive no silêncio, quase em segredo, e esse é em plenitude paz, então pra ter paz é preciso se ouvir.
A inquietude aqui dentro faz todo dia eu manter os olhos longe imaginando uma paz que nunca vai ser minha. Que sempre vai ser linha de horizonte.... longe.
quarta-feira, abril 18, 2007
Como Assim?
As palavras escorrem na tinha minha questão, uma não-solução pros meus problemas. Começa a chover e isso me abala, o que é que tem nessa água? O que é que tem nessa felicidade que ela nunca me preenche e fica? O que é que tem nessa menina que ela me consome? O que é que tem minhas memórias que elas me prendem? Como se o mundo fosse um labirinto eu procurei um norte. Com a morte como uma estrada e a acomodação um atalho, eu decidi procurar explicações em dicionários, enciclopédias, sites de busca. Como se a simplicidade da dúvida satisfizesse qualquer sentimento. Como se entender o vazio o fizesse sumir...
Como se o amor fosse feito de palavras.
...Ela Não Me Entende
... Ela não me entende.
sábado, abril 14, 2007
Meu Verbo
Me dança, seu passo.
Me mostra, seu rosto.
Me perde, sua dúvida.
Me encontra, sua solução.
Me esquece, sua memória.
Me prova, seu gosto.
Me canta, sua voz.
Me prende, sua segurança.
Me balança, seu olhar.
Me venta, seu suspirar.
Me amanhece, sua chegada.
Me ausenta, seu silêncio.
Me enlouquece, seu vestido.
Me guarda, sua chuva.
Me abraça, seu beijo.
Me parte, seu partir.
Me beija, seu abraço.
Meu verbo, você.
sexta-feira, abril 13, 2007
Minha Voz é Letra.
Fala a cabeça a esmo,
Fala o peito adentro,
Fala pés pra frente,
Fala sorriso ausente.
Falo bonito, ousado.
Se não o fizesse qual o sentido?
De falar os dedos na página,
De falar no ouvido, mágica.
Sem adorno na forma,
Meu silêncio se conforma,
E eu tenho voz...
domingo, abril 08, 2007
Eu, hífen de mim.
Se eu vou arranhar, vou céu.
Se eu banho, eu Maria.
Se eu bato, eu bola, eu boca, eu papo.
Eu nunca sei de que lado eu to.
Se for bem, te vi porque é assim... me quer que eu sei.
Se for bom, dia!
For boa, é noite, tarde... hahaha madrugada.
Contanto que me seja suficiente.
Se eu vou botar, vou fora.
Se vou guardar, vou chuva.
Posso civil, posso louça, posso noturno
Contanto que seja composto.
Pára tudo, choques, lamas, quedas,
Com o meu pé, de moleque, de valsa
Porque se tem porta, minha voz
É pra dizer que se nasci sem algo, foi vergonha
Porque sempre tudo vira na minha vida, minha lata,
Minha quebra, minha cabeça.
É disso que sou feito, um monte ações
Que me separam de mim, com hífen ou não,
Com minhas contradições de menino.