segunda-feira, novembro 24, 2008

Provérbio Novo

Cada qual tem um entendimento de si. Mas só, o entendimento é metade

terça-feira, novembro 18, 2008

Espiando

Não sei se sou catavento,
Se sou girassol,
Sei que te sigo com carinho

Você.

Está em todo lugar pra mim.

Cílios

Dos olhos, pra guardar no peito.
Veio,
E acabou a minha criatividade de desejar.
Você é minha mania de realizar.

Transforma
Borboletas na minha barriga,
Na minha cabeça.
Pousando na minha mão

segunda-feira, novembro 17, 2008

Samba Urbano

Vou fazer um stencil de coração e vou pintar a rua. Ah, vou pintar.
Aberto, indiscreto. Uma declaração em tudo o que ela vê.
Meu poema de solidão, vai estar nas calçadas, no trânsito e nos faróis vermelhos.
Em todos os vagos conselhos. Em todas faltas.
Eu vou apagar o branco dos muros, com cores de infinito.
Aos murros, aos baldes, uma mancha.


E minha história, minha vida, vai se tornar tinta seca.
Tinta seca.

segunda-feira, julho 07, 2008

Sorvete de Flocos

Eu era quase Fernando Pessoa, tão incerto de tantos eus, tão certo de fingir, bem menos poético, com certeza. Agora eu tenho rima, melodia, eu tenho conserto, eu tenho concerto. Eu não sou cor sozinha, eu combino, completo, sou creme de leite, eu sou seu. Não sou paciência, sou xadrez, tênis de mesa, eu sou par, não sou bota. Eu sou casal, únicos, dois, nós. Eu sou mão dupla, o vir do ir, o descer do subir, o voltar do ir. Uma laranja inteira. Paralelo, igual, 2 segundos. O segundo que eu vivo e o mesmo segundo que eu te admiro. Eu sou tanto que nem caibo em mim. É tão bom e tão diferente. Quando meus dois braços viram um abraço nosso, eu sou uma noite do avesso, com o céu em branco e as estrelas em preto não mais em prata. Um equilíbrio lindo e novo. O mundo vira dois tudos quando você me abraça.

quinta-feira, maio 29, 2008

Ótica

Vermelhos, de nerds, grandões ou invisíveis. Os óculos ficam incríveis nos seus olhos. Não vou ser brega e dizer que seu rosto tem um formato perfeito, porque não tem. Quando você põe aqueles escuros grandes demais e sorri, ele levanta e isso me diverte. Seu rosto tem uma forma mais redondinha, com uma buchecha linda que é só minha e da vontade de beijar sem parar. Eu paro, pra não ser tão chato. Às vezes até finjo que não quero. Mas eu quero... Ósculos em você de óculos. Lembra o que significa?

No reflexo eu me vejo com cara de bobo. Quase babando. Eu te digo o quanto você é linda, você nem liga... Nem liga porque não sabe o quanto isso é verdade. Você tá ótima na ótica (hahahaha).

Eu te amo de um jeito estranho. Tão estranho quanto eu. Acho que nunca fui tão sincero, acho que nunca mais vou ser. É um lugar que eu gosto de estar, é um momento que eu gosto de viver. Você é a menina que eu quero passar o resto da minha vida. Eu sei que às vezes eu te coloco em dúvida, porque eu tenho atitudes que só eu entendo. E quanto a isso eu queria lhe dizer: eu queria que você passasse um segundo dentro de mim, pra você ver como eu te vejo, sentir como eu sinto. Isso seria o suficiente pra você não ir embora nunca mais. Deixa eu continuar...

Quando você troca, um e outro, me encara e perde a paciência, eu amo o laranja dos seus olhos. Até gosto de te provocar, pra você ficar me olhando por mais tempo.
De pertinho quando você me pede atenção, me chinga e faz cara de indecisa, eu me perco nesse imenso. É tão grande o seu olhar, ele me domina por inteiro. Parece um arrebol, daqueles que você toma como referencia... mas nunca nenhum arrebol vai ser como aquele. Imenso de olhar, imenso de viver. Dá vontade de ficar sempre mais um pouco.

Mas eu to atrasado pro trabalho.

quarta-feira, maio 14, 2008

Dezesseis de Maio

Aos mentirosos, coragem.
Aos verdadeiros, força.

quinta-feira, abril 24, 2008

6 Meses.

Achei que nunca ia acontecer de novo. Aconteceu, e achei que nunca mais poderia. E pôde.
Quantas foram as vezes que me enganei, porque achei que pra essas coisas existisse um limite. Na verdade sempre houve, se não fosse essa menina mudar o mundo. O tempo não foi uma questão de tempo até passar, ele só passou, quase sem importância. Que dia é hoje? Quantas vezes? Quantos meses? As verdades se desfizeram em desejos, a vida se desmanchou em partes, partes de um mosaico feito por nós. A gente nem notou o tamanho. Quanto crescia, quanto mais poderia? Ninguém sabe. Nós dois então? Nem queríamos saber. Eu, pelo menos, queria mais é desaprender de tudo com você. Perder noções, perder a linha, perder a hora, me perder em emoções, e dentro de mim, dentro de tantos lá-foras. Só não posso me perder da minha, a minha menina. Todo dia deixou de ser, e passou a sentir. Os dias sentiam a gente e a gente não sentia mais nada. Só a companhia de nós. Quantas vezes pode, um sentimento assim acontecer novamente? Mudar a gente todo dia, se mudar mais ainda e mesmo assim acontecer de novo?

Essa sorte é pra poucos. Aliás poucos mesmo, dois.

terça-feira, abril 22, 2008

Meu Imenso Tem o Seu Nome.

Travesseiro travesso, colocou um imenso no meu sonho. Tão intenso, tão interesseiro, tão travesso, travesseiro. De viver na minha noite de lençol e lenços. Só lençol mesmo, o calor aqui tá tenso (hahahaha), tão denso que mais parece parede. Pareço tudo o que penso. Tudo o que desejo é tudo o que venço. Meu mundo sem senso, só teve começo porque me convenço que te mereço.

Afinal, com você, o que eu penso é sempre assim: "Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso pra mim é viver."

sexta-feira, abril 18, 2008

O Super-homem.

A gente se vê, e tudo é por acaso. A vida não é mais a mesma, nunca mais exata, nunca mais constante. É uma supresa sempre, sempre sobremesa. Um dia diferente. Eu fico inabalável, furo todas as filas, faço todas ultrapassagens, pulo todas as catracas. Mais forte, mais sorte. Exagerado à beça, eu deixo de ser platéia, viro o cara embaixo do holofote. O cara que grita e briga que ninguém nunca amou como eu. O que não se acostuma, o insaciável, o que é eternamente viciado de você. O seu jeito de me olhar, é minha melhor janela. Que me transforma em além. Além de um marrento barbudo, um louco com uma pexeira. A gente se vê e eu sou aquele que pode tudo.

O mundo é só um atalho, você é minha meta. Só um detalhe, é você que eu quero.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Tão imenso... Detalhes à parte

Um muquifo na minha cabeça proseia. Faz verso inverso de tudo o que eu já vi – descontrole. Baladeira de madrugada no batuque da minha saudade. Desregulou tudo, momentos, horas, floras intestinais... É sério! Borboletas voam frenéticas aqui dentro. De descabelar, desandar, desparafusar. Juro que quem me vê rindo assim me acha babaca, deve saber que eu sou maluco, mas nem desconfia como é ser o que sou. Com meu mundo de ponta-cabeça pude ver as coisas de outro ângulo, olhei pro céu de cima pra baixo... e tudo novo é tão lindo... Acho que com a cabeça oca é mais fácil amar direito. E eu amo. E eu fácil. E eu acho. E eu mais. E eu sou.

Tropeçando pelo mundo e especialmente em mim. Bêbado pobre coitado, ventando para todo lado. Lados confusos e inexatos, o que é fora e o que é dentro? Sou o que sou em direção ao ultraje que é viver. De repente, não tenho mais medo de gostar, e gosto. Sou o que sinto, sinto o que sou e gosto. Gosto da minha vida boa, gosto quando à tarde é garoa. E despe, despede, despedaça. E tudo pode, tudo pode poder... Até um cílio virar realidade. Até absurdos serem verdade. Até o que parece não ser. Porque o tanto que eu gosto de você é tanto que parece um absurdo. Tão absurdo que parece não ser... mas é.

Complicado demais pra eu entender. Você é o imenso do imenso meu...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Meu cantinho.

O sorriso dela é um jardim, é um monte de flores na minha inspiração. Ela é meu flat, arrasa quarteirão. Hahaha. O olhar dela é uma janela. Ah! E como é... De frente pra um horizonte imenso de inventar besteiras, reinventar paisagens e... Que vista! O olhar dela tem a cor de onde o mar encontra o sol. Mas o abraço dela é minha cama e de repente eu sou lençol. Me dá uma preguiça... A gente se mistura, se combina. E “nós dois” é o meu melhor quarto.
O corpo dela é um quintal onde eu quero passar a tarde brincando só. Pra a noite deitar cansado e ficar vendo as estrelas vendo a gente e as estrelas nos verem vendo elas. Ela é meu cantinho, meu esquema.
A pele dela é uma cozinha branquinha. Toda linda, tão minha sobre a mesa. No prato tem suspiro, tem chocolate, sorvete de flocos e mousse. Quindim, bombom e algodão doce. Tão doce... No lar que ela é pra mim não tem teto, e todo dia que chove é dia de molhar, todo dia de sol é dia pra arrebol e namorar... Tão natural, tão linda, esvaziou a minha cabeça, preencheu meu coração.

Só no colo dela, lavanderia. Com água e sabão eu lavo a minha alma, só com ela... Só com a mão dela na minha, sala de estar. E falar e falar e falar, sobre nada e nada e tanto. Só com o beijo dela, estar na varanda. E fazer bater um vento e vida e vida e vento. Só com ela o encanamento dos meus sonhos vaza (hahahaha).

O nome dela é Mariana, e só com ela eu me sinto em casa.