quarta-feira, novembro 14, 2007

A Esquisita e o Maluco

Te dizer no ouvido, baixinho que quero tudo parece besteira. 'Como querer tudo, garoto? Se nem tudo você conhece, se nem tudo agente pode, se nem tudo agente deve.' Você se engana quando pensa, que minha vontade é maior que eu... De repente o céu tá na minha cabeça, e o meu sorriso é de horizonte. Essa vontade seu olhar que me deu e não consegui mais tirar. Ficar no seu colo, e te contar meus absurdos, todos tão reais e improváveis... É que nem deitar na grama, e ter o mundo no meu abraço. Parece exagero mas na minha mente, mentira não descansa. Na minha mente eu sou poeta, mentiras são licença poética, erros são metáforas e todos os versos são meus... são tão nossos, tão soltos.
Você é uma menina esquisita, menina de alma e coração, mas uma mulher de olhos de inspiração, novos olhos do meu precipício. Do seu lado eu me sinto um absurdo, uma falha, um equívoco. Mas um absurdo tão completo, uma falha tão conveniente, um equívoco de sorte. Minha vida agora é uma confusão mais livre, mais intensa. E no meio de tanto devaneio, dessa prosa sem pé nem cabeça, eu consigo ter uma certeza ou duas. Eu tenho certeza que uma ventania carrega a minha linha cada vez pro lado mais certo, pro lado onde as linhas não existem, pro lado onde eu faço o que quero, e quero o que eu tenho feito, pro lado onde é agora e é inteiro e é eterno enquanto o valha, um lado onde nossa loucura não precisa de cura. Tenho certeza, que se você continuar a me olhar desse jeito, eu morro de tanta vida. e que eu vou cair mais pra cima, ou mais rápido pra baixo. Certeza de que beiro a perder os sentidos e que eu gosto disso. Tenho certeza que uma ventania carrega a minha linha cada vez mais pro seu lado.

"Você é maluco, gosta de uma esquisita."
"Você é esquisita, gosta de um maluco..."