quarta-feira, julho 11, 2007

Qual o Gosto?

Gosto mesmo do gosto que você gosta. Gosto de gostar do nosso gosto. Mas tenho que ir embora, o mundo me chama agora, lá fora tem tantos gostos que eu não provei, provas que não passei, passagens que eu não cruzei, cruzamentos que no seu se gosto ou gostarei de fechar ou ir em frente por qualquer dos 3 caminhos... E se eu não for entende, nunca provarei, passarei, cruzarei nem saberei o gosto que tem. E pode ser que seja amargo, mas o que posso fazer, se minha cabeça é de vento e meus pés são de valsa... Tenho que dançar por aí, viver a brisa dos meus dias, preciso de presentes tão logo ausentes, de passados tão re-presentes, de futuros tão imprevisíveis quanto o gosto dessa estrada. Do meu copo eu to tomando a droga da liberdade, que o gosto eu desconheço... mas isso não me impede, porque impedir, é aceitar a saudade do que você nunca sentiu, e eu acho isso muito estúpido. Mando agora cartas com endereço ao vento, canções para o vago, olhares para a luz, abraços para o vago, um olá para o anteontem, um até logo para o vago. Porque às vezes vale mais o vago do desconhecido do que conhecer o vago seu de perto. Às vezes o mistério se parece insegurança, um espaço pra que o vago da imensidão do mundo me chame, e eu atenda... To tomando a droga da liberdade, que delicia e corrói, que viaja vicia, chega... destrói, sai como se não fosse nada. Minha perdição pode ser só mais um sorriso, só mais uma música, só mais um minuto. Minha perdição poderia ser também uma voz a menos, um tempo a menos, um abraço que não deu. E abraço a dúvida como a um irmão, e sigo em frente... To tomando a distorção que me permite, pra ver prazer na dureza que via, ver beleza na dureza que via, ver paixão na dureza que via... Prazer, beleza, paixão. Todo tomando a droga contra todo não que um dia eu já dei. Virei rei das minhas horas, de tanto agoras que nunca tive... e se foram, se poram, se secaram, se despetalaram, se...

Entenda, que parto não porque não gosto de você, é porque preciso achar o meu paladar pra vida, o meu toque de sentir, pra assim quem sabe aprender a gostar de gostar de mim.

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