quinta-feira, abril 24, 2008

6 Meses.

Achei que nunca ia acontecer de novo. Aconteceu, e achei que nunca mais poderia. E pôde.
Quantas foram as vezes que me enganei, porque achei que pra essas coisas existisse um limite. Na verdade sempre houve, se não fosse essa menina mudar o mundo. O tempo não foi uma questão de tempo até passar, ele só passou, quase sem importância. Que dia é hoje? Quantas vezes? Quantos meses? As verdades se desfizeram em desejos, a vida se desmanchou em partes, partes de um mosaico feito por nós. A gente nem notou o tamanho. Quanto crescia, quanto mais poderia? Ninguém sabe. Nós dois então? Nem queríamos saber. Eu, pelo menos, queria mais é desaprender de tudo com você. Perder noções, perder a linha, perder a hora, me perder em emoções, e dentro de mim, dentro de tantos lá-foras. Só não posso me perder da minha, a minha menina. Todo dia deixou de ser, e passou a sentir. Os dias sentiam a gente e a gente não sentia mais nada. Só a companhia de nós. Quantas vezes pode, um sentimento assim acontecer novamente? Mudar a gente todo dia, se mudar mais ainda e mesmo assim acontecer de novo?

Essa sorte é pra poucos. Aliás poucos mesmo, dois.

Um comentário:

Nina disse...

os seus textos me fazem viajar tanto que até parece que sou eu quem sinto tudo isso...