quinta-feira, junho 04, 2009

Um Variável, Uma Variável

O ódio vem sempre de graça, por isso deixo. Deixo que odeiem quem sou sem problemas.
Mas me amar é mais difícil, não deixo que ninguém me ame como sou. Não exercite a minha estagnação, eu sou passante. Ame o que eu não sou ainda, pra se acontecer de eu amar de volta, que eu possa ir além do que eu sempre iria. Não há espaço para autopreservação, nem se manter, os amadores se transformam, os amantes transformarão. Se esse presente servisse não teria passado. Se servisse mais, seria uma meta.

Meu futuro é ar, ou ausência. Mas com o amor-do-que-não-é, meu futuro vira vento e eu sou, mesmo, um passante.

3 comentários:

Menina Marina disse...

Menino Yuyo, a inconstância é sempre melhor para ser amada. A consiência do que é passageiro, ou simplesmente passante, nos faz olhar as coisas com outros olhos, e dar mais valor. Só que existe um erro muito comum que é o de amar essas coisas quando elas, enfim, passam.
Texto doido e subjetivo, o seu. mas a mim chegou desta maneira.

Beijos

André disse...

DO CARALHO.
Sabe como esse texto é auto-explicativo pra mim.

@ThayG12 disse...

amo o q tu escreve.
amo o que tu eh.
amo mais ainda aquilo que tu ainda vai escrever e ser.