Perdi algo no caminho. Talento não era, nunca tive – a caneta só pega no tranco, o amor nunca bateu à porta, nunca dei sorte. Nunca mais dormi, mas não é por causa disso, isso é mais uma conseqüência. É que esqueci como se sonha. Noites vazias de assistir a madrugada, aquele silêncio. Num jogo que não se ganha, eu perdi algo.
Como um soldado sem general, estou batendo por aí, mas esqueci qual é meu ideal. Só conheço o momento da intuição de certo e errado, uma força desconhecida faz a sua parte. Nem sempre faço o certo, mas sempre é a ferro e fogo.
Há tanto tempo vivendo e combatendo, eu e meus demônios, acabei me tornando um pouco deles. Eles viraram um pouco de mim. Sou como a tempestade, que piora muito antes de melhorar. Sou calmaria.
Cavei tanto na terra para plantar minhas flores.
...
Aquela terra que entra embaixo da unha. E nunca sai.
Isso sou eu.
terça-feira, dezembro 08, 2009
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