segunda-feira, setembro 14, 2009

Pesada, Dura e Franca.

Para comprar essa briga, ouro é pouco. Vim da batida mais grave de um trovão de madrugada. Pesado, que rancou o sono. Eu sou aquele que nasceu e não dormiu - e não dormiria - porque nunca acreditou na sorte, tive medo e encarei de olhos abertos. Chorei para dentro, sorri para fora. A amargura fica na garganta, mas as palavras saem leves. Não acredito no futuro, calado, não acredito na justiça, parado. Sou exército da minha própria nação, vim para contar uma história, não para dar explicação. Não durmo de raiva, não durmo de louco, batalhar aperta o peito, deixa o fôlego estranho... Só eu fico feliz e agradeço o horizonte de chuva, só eu passo a madrugada amando a lua. Só eu não ligo pras mãos manchadas de terra. E tinta. Ah, essa briga de vida...

Gosto do cheiro do inflamável, gasolina fósforo, isqueiro, gasolina, esmalte e gás - vou morrer sozinho e certo, como o fogo. Sofro, mas não desisto, sou um pagão, que tem um punho no lugar da mão.
Deus é a luta. Pesada, dura e franca.

2 comentários:

André disse...

FODA!

Mariana Harder disse...

Se te endureceu, ao menos o resultado é bonito!
Mas espero que um dia te seja leve, porque você merece.