quinta-feira, outubro 08, 2009

Pulsante.

Ele é um lustre em queda, bonito e não vale um tostão. É vermelho e cinza de ferro e fogo. Ele é aquele excesso que faz imaginar as coisas diferentes, um poço de sonhos e moedas de mais valor. Versão autêntica, irreplicável e eu escrevo para lembrar. Inatingível. Explosivo, erosivo, urge e ruge, forte e breve, inaplicável no mundo real. Inaplicável e ainda assim...

Eu escrevo para lembrar que tenho um coração. Lindo e denso e ridículo, bate forte em minhas veias. Com violência, mérito e sangue. Bate tinta, confuso, é humano demais. Sua textura é de dor, garra, zelo e esquecimento. Ele é indefeso, errado, louco e bravo. Rústico, plural e leve.

É de concreto, névoa, acúmulos e horizontes montes. Sabe o que é estar no chão, estar no céu, estar transparente, estar em lugar algum, estar em outros corações tantos, outros tantos deslugares e aqui no meu peito.

E eu escrevo para lembrar
que ele
Existe.

Um abraço pro André.

Um comentário:

Nina disse...

incrível como sempre...