domingo, junho 17, 2007

Na Festa da Minha Insanidade

Um brinde ao erro das primeiras impressões,
Ao disfarce das segundas intenções,
Um brinde pra começar a viagem de todas invenções.

À folhas de outono

Um brinde às lajes do inconcreto,
À incerteza da beleza do certo,
Um brinde pra perder a timidez do indiscreto.

Ao flerte com a janela.

Um brinde à verdade numa miragem,
Ao centro da margem,
Um brinde das festas de sacanagem.

Ao drama mudo.

Um brinde às pessoas de tato,
À razão de todo abstrato,
Um brinde antes de perder o contato.

Ao embaraço do meu nó.

Um brinde às putaria que se faz no cinema,
Ao ultraje de uma situação amena,
Um brinde pra sina de toda cena.

À manhãs de feira.

Um brinde ao estrondo de uma afasia,
Um brinde antes de amanhecer com asia,
Um brinde pra acabar de rimar numa rima vazia.

Um comentário:

João disse...

sabe, yuri, gosto da certeza do teu traço. nunca falei pessoalmente, mas no próximo rolê em santo andré me cobre.