Num instante
Os pés descalços no jardim,
A cabeça num balão,
Os olhos nos olhos de uma criança,
Os braços no sopro do vento.
O rosto no lavar de manhã,
As costas esquecidas na rede,
A nuca num beijo,
Os dedos na chuva.
O peito se jogando na cama,
Ou num abraço,
Ou nas nuvens.
O peito se jogando...
Até a canela de mar,
Até o pescoço de massagem.
No riso, algo lindo
No olhar, alvorada.
Na barriga, arrepio de carinho
Na boca, o gosto de um docinho.
Na pele o banho nem frio nem quente.
Num instante
A mente livre,
A alma nua,
O coração em paz.
No outro
Não estou em lugar algum,
Estou em nunca mais.
terça-feira, março 17, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Volte sempre :) amei "desesperadamento óbvio, obviamente desesperado."
Postar um comentário