quinta-feira, julho 23, 2009

A Refazenda e a Natureza

Existe um homem. Ele havia perdido a linha da vida, como uma borboleta que esqueceu o que é ser borboleta e virou lagarta. Não que regredisse - ele só esqueceu. A essência de um homem sempre será sua. Um casulo quer voar, um casulo quer rastejar, um casulo quer ser casulo afinal. Não evoluímos, somos. Somos e mudamos de tempo, nele todo bem e mal causado, são bondades e maldades próprias. O mundo não tem culpa, ele só incentivou o homem a ser menos outros homens.
Aquele que caiu, perdeu a linha porque sua linha é ser perdida, sua linha era se perder e cair.
Existe um homem, e ele está em todo lugar.

Sua força e fraqueza (se for essa sua pureza) serão despertadas e não plantadas. Somos única semente do que somos. Não há terra, não há adubo, não há chuva que faça com que outra semente, que não a nossa desperte em nosso peito.

E quanto ao homem que havia caído, fique tranquilo. A queda do homem, era feita de força pra levantar. O homem era feito de queda, e era depois... feito do homem que seguira a caminhar.


Desescrevendo:
O casulo era feito de asas.

2 comentários:

sugar disse...

fan-tás-ti-co!

André disse...

Tá mandando muito nesses contos, narrativas ou qualquer coisa que o valha.
Parabéns.