segunda-feira, abril 23, 2007

A Arma da Vida.

Mãos no gatilho. Estou condenando o errado com palavras incertas, seguindo os caminhos certos sem ligar pras setas, que podem estar bem mais piradas que nós, certo? Em mira todo tédio, todo dia sem graça, toda qualidade falsa, toda pessoa sem voz. Em punho nossa arma mais letal, po-e-si-a, contra todo vestígio de afasia. O tambor está carregado de esperança ira e idéias.
Se pros outros é difícil assim lidar com tanta diferença, isso agente tira de letra, e com essa letra monta poema, faz prosa, mistura mesmo, pinta um filme de cinema. Mais difícil é notar as pessoas consumidas pela indiferença do prazer da vida. Vinda e ida com tão pouco gosto.
Se Deus me deu a ironia, foi pra que eu pudesse colorir todo meu cinismo.
Se Deus me deu a poesia foi pra eu romantizar toda minha ironia.
Se Deus me deu a força foi pra que eu a escrevesse na poesia.
Se Deus me deu a os olhos foi porque eu devia ter força.
Se Deus escreveu o mundo, porque não daria olhos.
Se deus deu sede porque não beber o mundo?
Se Deus quisesse que eu bebesse sozinho porque me daria a sede?
Se Deus fosse o que seria da minha ironia se eu ficasse sozinho?
Afina, se Deus me deu a ironia foi pra que eu pudesse colorir... com elegância.

Dedicado a todos os poetas da cidade, e alguns amigos em particular.

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