quarta-feira, maio 02, 2007

Poema Bobo do Nó da Minha Vida

Na linha que pontilha na estrada, eu caminho.
Na linha maquiada dos seus olhos, eu me amarro.
Na linha do horizonte, eu dou um nó
Igual a linha do meu cadarço, que eu dou um laço
E acho que não caio de jeito nenhum...
Mas sempre caio...
Impressionante,
Sempre caio no horizonte,
Sempre caio no chão.

Na linha da vida, risco, rabisco, rasura é coisa que acontece.
Vida toda é rascunho, esboço, que nem linha de trem
Parece que ta toda errada, mas no final se souber qual é teu trilho
... Sempre se chega.

Você é então, minha estação.
E é também um pouco de linha de hífen
Que liga eu até você.
Que dá mais nó na minha garganta
Nó cego nos meus olhos,
E nos traços finos do seu rosto
No fio do seu cabelo...
Você é meu nó
Eu sou o seu...

E gente liga os pontos das estrelas
Fazendo desenho de inventar o que quiser.

Contanto que não seja só contorno, entende?
Linha às vezes é superfície demais, só pele e limite...
Linha nossa tem que ser profunda.
Diz menina, que linha tem seu coração?

Minha linha ninguém traça
Ninguém escreve e nem ultrapassa
Minha linha é regra pra ser quebrada
Quebrando a linha com imaginação.

Às vezes minha linha reta, entorta.
Minha linha torta, acerta.
Culpa sua,
A minha linha é problema, dilema.
Risco minha linha que vira letra,
Letra minha que vira poema.

Um comentário:

muerto mucho disse...

Mais um texto digno de aplausos, meu caro Watson, soh q seus textos ainda têm algo de malandro, nao sei...Não q isso seja ruim, pelo contrário...são seus e disso ninguem duvida, os meus textos tem tom de "u nerver call me when u r sober...", coisa meio lithium e talz...
Um melodrama de quem ama a dor.
;]