Na linha que pontilha na estrada, eu caminho.
Na linha maquiada dos seus olhos, eu me amarro.
Na linha do horizonte, eu dou um nó
Igual a linha do meu cadarço, que eu dou um laço
E acho que não caio de jeito nenhum...
Mas sempre caio...
Impressionante,
Sempre caio no horizonte,
Sempre caio no chão.
Na linha da vida, risco, rabisco, rasura é coisa que acontece.
Vida toda é rascunho, esboço, que nem linha de trem
Parece que ta toda errada, mas no final se souber qual é teu trilho
... Sempre se chega.
Você é então, minha estação.
E é também um pouco de linha de hífen
Que liga eu até você.
Que dá mais nó na minha garganta
Nó cego nos meus olhos,
E nos traços finos do seu rosto
No fio do seu cabelo...
Você é meu nó
Eu sou o seu...
E gente liga os pontos das estrelas
Fazendo desenho de inventar o que quiser.
Contanto que não seja só contorno, entende?
Linha às vezes é superfície demais, só pele e limite...
Linha nossa tem que ser profunda.
Diz menina, que linha tem seu coração?
Minha linha ninguém traça
Ninguém escreve e nem ultrapassa
Minha linha é regra pra ser quebrada
Quebrando a linha com imaginação.
Às vezes minha linha reta, entorta.
Minha linha torta, acerta.
Culpa sua,
A minha linha é problema, dilema.
Risco minha linha que vira letra,
Letra minha que vira poema.
quarta-feira, maio 02, 2007
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Um comentário:
Mais um texto digno de aplausos, meu caro Watson, soh q seus textos ainda têm algo de malandro, nao sei...Não q isso seja ruim, pelo contrário...são seus e disso ninguem duvida, os meus textos tem tom de "u nerver call me when u r sober...", coisa meio lithium e talz...
Um melodrama de quem ama a dor.
;]
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